No Paraná, os setores de construção, alimentos, derivados de petróleo e biocombustíveis, serviços industriais de utilidade pública e veículos automotores são os que mais contribuem para o desenvolvimento do estado. Juntos, esses segmentos representam 88,1% da indústria paranaense. O setor emprega mais de 674 mil trabalhadores. Os dados são da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo a coordenadora da Gerência de Educação Básica e Continuada do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Paraná (SENAI-PR), Jacielle Ribeiro, a educação profissional é o caminho mais rápido para ingressar em um destes setores e permanecer no mercado de trabalho.
“A porta de entrada para as grandes indústrias é o diploma, a certificação. As empresas colocam muitos requisitos mínimos e a partir das qualificações, às vezes um curso técnico, um curso de aperfeiçoamento, ingressa na empresa e depois consegue ir evoluindo. Vai se especializando, se fortalecendo dentro dessa indústria e vai galgando novos cargos, crescendo dentro destas instituições.”
Para o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, o sistema educacional é decisivo para o reconhecimento profissional e, consequentemente, para o crescimento do país. Lucchesi também afirma a importância de investir em pilares fundamentais para a educação como ciência, tecnologia e inovação.
“Precisamos fazer um grande esforço se queremos ajudar a agenda de inclusão social para o jovem brasileiro, para melhorar a produtividade do trabalho, para melhorar a possibilidade dos jovens se inserirem no mercado de trabalho, construírem seus projetos individuais e gerar mais riqueza, bem-estar e competitividade para as empresas e para o país.”
As mudanças são necessárias para acompanhar os impactos da Indústria 4.0, que trará a integração do mundo físico e virtual, por meio de tecnologias digitais. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria, atualizar o currículo da Educação Básica, investindo em educação profissional, é fundamental para a consolidação da “indústria do futuro” no país.